domingo, 17 de fevereiro de 2013

As contradições e o discurso de conveniência de Correa Neto

Este blogueiro nunca deixa passar despercebido os grandes debates travados em campanhas eleitorais e durante as gestões dos novos governantes. Por conta disso, resolvi procurar arquivos de posicionamentos e opiniões de jornalistas considerados respeitados na opinião pública amapaense, no que diz respeito ao tema parceria, travado e debatido desde o período eleitoral em 2012 e ressuscitado agora com uma nota fajuta do famoso "disse me disse". Antes de levantar esse debate, quero dizer que não tenho nada contras as pessoas que cito neste texto, além de minhas opiniões que são claras e públicas.

Resolvi pegar como ponto de partida, dois textos do jornalista Correa Neto. que tem se revelado um defensor árduo do prefeito Clécio Luis e do PSOL em seu sitio na internet e nas redes sociais. Observemos que o jornalista muda de opinião rapidamente para defender interesses ocultos e de momentos, conforme acordos de conveniências. 

Talvez, na ânsia de ajudar o governo municipal, cuja filha ocupa cargo de secretária de cultura, o jornalista esqueçeu do que escreveu no passado,lembrando aquilo que FHC disse ao aderir ao ideário neoliberal depois de escrever diversos livros e artigos criticando o capitalismo brasileiro. Correa Neto revela paradoxos em sua biografia militante. Em qual dos momentos o lendário Correa Neto emite sua verdadeira opinião sobre a parceria?

Geleia Geral 10-9-2012

10/Setembro/2012
O apelo das parcerias.
São bem poucos os candidatos que disputam a Prefeitura de Macapá, e não apostam em “parcerias”, como muletas para sustentação de seus desempenhos, se eleitos. Até o DEM, reconhecidamente um partido de oposição ao PT e a Dilma, entrou na cantoria. Mas essa expectativa criada pelos políticos, para ganhar votos, se justifica? Hoje não. No tempo em que governadores e prefeitos precisavam andar de “pires na mão” mendigando verbas públicas, essa busca de parceria se justificava, hoje não, repito.

Os governos do PT, faça-se justiça, avançaram muito na democratização da distribuição das verbas públicas. O compadrio ainda deve existir, mas em escala bem menor. Os programas destinados ao atendimento de estados e municípios são claros, estão regulamentados, e todos os gestores podem acessá-los, sem depender de favores, bastando que as unidades estejam legalmente aptas para o recebimento dos recursos. A Prefeitura de Macapá, por exemplo, não pode receber dinheiro federal porque está inadimplente. Pior que isso é ter claro que o prefeito eleito para Macapá só vai poder ter acesso aos recursos federais, depois de tapar os buracos que foram abertos pela atual gestão. É situação igual à que foi encontrada pelo PSB, deixada pelo governo do Waldez Góes: um caos. Então, se você tiver de votar em algum dos candidatos, que seja por qualquer outra razão, não pelas “parcerias”. 

Geleia Geral 16-02-2013

Os recados do governador.
A Prefeitura de Macapá deve começar em dez dias os serviços de recuperação das ruas da cidade, e isso sem esperar qualquer participação do governo do estado nesse sentido, pelo menos de imediato. O governador Camilo Capiberibe tem mandado o mesmo recado por diversas pessoas chamadas por ele. O conteúdo é mais ou menos o seguinte: “enquanto o Randolfe não disser claramente, aqui, que não vai concorrer ao governo em 2014, vou deixar o Clécio a pão e água. Ele não vai aguentar”.

Nesses termos, não acredito que o senador se dobre. E na verdade, se agir da forma anunciada, o governador estará penalizando os 450 mil habitantes do município, muitos dos quais votaram nele, em 2010.

Conclusão do blog

Inicio dizendo que tapar buracos é a obrigação mínima de um prefeito. Se formos levar em consideração o que Correa Neto falava durante a campanha, iremos concluir que ele combatia o discurso de parceria pra defender camufladamente a candidatura do atual prefeito Clécio Luis (PSOL) que afirmou em debate que “a melhor parceria é aquela em que cada um faz a sua parte." 

Agora diante dos problemas, o lendário Correa Neto tentando defender sua nova paixão política, acusa o governador de não fazer parceria, quase pedindo que Camilo Capiberibe passe a despachar um horário no Palácio Laurindo Banha.

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