terça-feira, 14 de junho de 2011

Dilma discursará ao lado do prefeito de Macapá preso na operação “Mãos Limpas” da PF

Por Heverson Castro
 
Os petistas do Amapá ficaram estarrecidos, diante da divulgação no início desta semana, por meio da assessoria de comunicação da Prefeitura de Macapá, da vinda da presidenta Dilma Roussef (PT) ao Amapá. A presidenta virá à Macapá através de um convite do prefeito Roberto Góes (PDT), por intermédio do senador José Sarney(PMDB-AP),  que também é presidente do Senado.
 
Roberto Góes foi eleito em segundo turno nas eleições de 2008, diante de diversas denúncias da justiça eleitoral. O prefeito governa há quase quatro anos por meio de liminares. Ele foi cassado seis vezes, acusado de compra de votos, abuso do poder econômico, uso da máquina pública e outros crimes eleitorais. Seu processo está parado na mesa da ministra Carmem Lúcia no TSE.
 
Na época o atual prefeito da capital contou com o apoio de seu primo Waldez Góes (PDT) que governava o Amapá, do senador José Sarney, empresários como Eike Batista e uma gama de políticos que tem um histórico de envolvimento em escândalos de corrupção.
 
A primeira etapa da operação Mãos Limpas foi desencadeada no dia 11 setembro de 2010. Na época foram presos: o governador Pedro Paulo (PP), que era candidato a reeleição; o ex-governador Waldez Góes (PDT), que disputava uma vaga para o senado; a ex-primeira dama Marília Góes (PDT), que se elegeu deputada estadual e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Julio Miranda. Segundo a PF, o rombo nos cofres públicos do Amapá pode chegar a 800 milhões de reais.
 
O Inquérito n. 681 do Superior Tribunal de Justiça – STJ que redundou na decretação da prisão preventiva do prefeito de Macapá, Roberto Góes(PDT) apontou uma verdadeira rede criminosa formada na prefeitura de Macapá para tentar mascarar e ocultar provas de desvio de recursos e corrupção generalizada. A ação foi uma das etapas da operação Mãos Limpas.
 
O Ministro do STJ João Otávio de Noronha considerou que na prefeitura existia uma estrutura criminosa comandada pelo Chefe do Executivo e decretou a prisão do prefeito para “garantia da ordem pública” e “conveniência da instrução criminal”. Roberto Góes ficou mais 60 dias preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
 
A presidenta Dilma Roussef deve vir ao Amapá no dia 5 de agosto, para participar da inauguração do conjunto habitacional da Vila do Mucajá. A obra faz parte do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal.
 
Durante a cerimônia Dilma deve discursar ao lado de diversas autoridades, dentre elas o senador José Sarney e o prefeito Roberto Góes, que ficou mais de 60 dias preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

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